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Transubstanciar Entrevista Daniel Esteves da Petisco


T:Estamos aqui com Daniel Esteves da Petisco,tudo joia Daniel?

DE:Tudo certo.

T: Então eu queria saber de 2009,2010 pra cá tem tido uma proliferação de quadrinhos independentes ,isso pra você pra produção isso é bom,isso é ruim,ou isso cria uma nota de corte pra saírem trabalhos melhores?

DE:Eu vim pela primeira vez , aqui pro FIQ em 2007 , com o Quarto Mundo foi a estreia do Quarto Mundo,que congregou gente do pais todo,tinham autores diversos dentro do Quarto Mundo,chegou a ter 150 autores e uma produção grande ,mas não se compara com o que a gente está tendo agora ,em 2007 tinham 3 estandes de quadrinhos ,que vendiam quadrinhos ,em 2009 passou a ter mais uns 5 ou 6,então assim ver o FIQ desse ano não é surpresa a gente já percebia esse aumento dos últimos anos ,mas assim a gente sempre reflete será que tem público pra absorver toda essa produção,será que ,só que eu acho que só o fato de estarem surgindo tantos desenhistas,coloristas,arte-finalistas,editores de quadrinhos já é uma coisa louvável,e esse público a gente tá garimpando , o que eu acho que eu venho pra Belo Horizonte de 2 em 2 anos no FIQ ,e um público fantástico ,maravilhoso,mas esse público aqui ,onde eles compram quadrinhos aqui durante 2 anos,de repente eles viram um monte de coisas legais pra caralho,que não tem como comprar tudo,o salário do mês ,não permite,agora em 2 anos ele tem como comprar tudo,eu não vejo um lugar onde ele compra aqui,então são coisas que você vai vendo que precisa melhorar porque apesar de ter o melhor e maior evento de quadrinhos em Belo Horizonte , falta uma loja de Quadrinhos em Belo Horizonte,eu não frequento Belo Horizonte suficiente pra saber se tem ou não ,minha impressão conversando com as pessoas é que não tem,tem assim a livraria Leitura que é uma livraria com produtos ,mais diversos e mesmo assim não consegue ,colocar toda essa produção a venda,algo como uma Gibiteria,em São Paulo ,a gente tem umas lojas que absorvem essa produção ,que concentram lançamentos durante o ano,não é aqui, é aqui no Rio de Janeiro,Curitiba tem uma loja muito boa que é a Tivam,outras cidades,outras capitais,pra a gente ampliar esse publico acho que precisa de mais lojas,mais lojas de quadrinhos,um exemplo um lugar que as pessoas possam frequentar e conhecer novos quadrinhos , não só um evento,uma bienal na sua cidade.

T:Eles não tem uma Comix,entendi.

T:No caso de 2013 em diante ,tem tido uma onda de meninas fazendo quadrinhos ,e qual que é sua opinião a respeito disso?

DE:Eu acho isso fantástico,e isso tá acontecendo no mundo todo,finalmente quadrinhos está deixando de ser uma coisa feita por homens para homens,e isso já aconteceu no Japão ,a alguns anos a traz ,e no Brasil isso tá acontecendo agora ,quer dizer não é agora já tem uns anos,agora você vem aqui e tem autoras mulheres fazendo quadrinho fofo,quadrinho maluco,quadrinho feminista,quadrinho de super-herói e vê-las sendo procuradas sendo acessadas,sendo encaradas não só como essa coisa que tinha antes eu cansei de ouvir essa pergunta , né aparecia uma garota fazendo quadrinhos e aparecia o jornalista perguntando pó você é mulher e faz quadrinhos, pó qual é o problema ,meu deus! essa perguntava parece que até espantava a garota, e então assim,sim faz quadrinhos e faz novas pautas dentro dos quadrinhos delas,quadrinhos com conteúdo muito bacana,acho que tende a aumentar e talvez minha felicidade seria chegar aqui no FIQ 2027 sei la e ver a mesma quantidade de homens e a mesma quantidade de mulheres fazendo quadrinho , eu acharia isso fantástico,essa diversidade mesmo.

T: É o tipo de pergunta tendenciosa pra o cara faz pra tenta ganhar pauta.

T:Legal,no caso você trabalha mais com quadrinho de terror ,horror , você já cogitou outros temas?

DE:Na verdade,quadrinho de terror que eu fiz foi São Paulo dos Mortos,Nanquim Descartável que foi uma série que eu fiz durante um tempo,era um quadrinho mais cotidiano,drama ,romance,comedia romântica,você tem os quadrinhos históricos que eu fiz pra editora Nemo,eu to lançando um quadrinho histórico no FIQ , que é o mais um dia com Zapata , que é sobre a revolução mexicana,meus quadrinhos tem estilos variados,mas o estilo dos meus roteiros é mais especifico o gênero de historia eles são mais variadas,então...

T:E você tem intenção de transformar uma São Paulo dos Mortos em Animação?

DE:Olha,confesso que Animação nunca me passou pela cabeça , o que tá acontecendo agora mais que acabou de começar é a Nanquim Descartável, que talvez ano que vem vai ser feito um piloto pra teve ,mas de series com atores e tal , e não animação ,isso é um projeto que eu apresentei junto com um produtor de audiovisual e a gente conseguiu um edital pra ser produzido,mas acho que a Nanquim Descartável é uma série que ela combina com bastante com audiovisual se tudo der certo ,vai ser um produto bem legal.

T:Voces já tem algum canal em vista ou vocês não entraram em contato com nenhum ainda?

DE:Não,isso é bem novo assim aconteceu faz um mês ,mais ou menos , e agente tem que esperar por toda parte de produção contratual,pra transformar num piloto e tentar vender pros canais mais variados.

T:Entendi,e você realizou alguns quadrinhos históricos,você fez esse do México ,Mais um dia com Zapata ,você tem intenção de fazer algo baseado na historía japonesa por exemplo?

DE:Olha , historía japonesa não é uma coisa que tenha feito tanto a minha cabeça,na minha vida,eu sou formado em historía , até pouco tempo atrás eu não tinha vontade de fazer quadrinhos históricos,e uma coisa da editora Nemo,com quem eu fiz projetos e tal,mas é a intenção iniciada por Zapata e bem a respeito do Brasil,da America Latina, né o Brasil fica na America Latina,fiz sobre Canudos,sobre herança africana no Brasil,e agora Zapata , então a gente tem uma questão mais sobre a America mesmo.

T:Obrigado.

DE:Obrigado,você.

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