Transubstanciar Entrevista Gabriel Bá e Fabio Moon
T:Estamos aqui com Gabriel Bá e Fabio Moon , quadrinistas,tudo bom?
GB/FM:Tudo Bem.
T:Eu queria falar um pouco sobre o Quadrinho Independente do Brasil ,atual,e assim de 2009,2010 em diante a gente tem tido uma proliferação de quadrinho independente aqui no mercado brasileiro,isso pra vocês como autores já consolidados isso é bom,ajuda,isso dificulta ou isso cria meio que uma nota de corte pro pessoal ,você tem que ter pelo menos isso pra publica?
GB/FM:Ah,eu acho que ajuda,eu acho que não existe nota de corte ainda no mercado brasileiro,porque o mercado brasileiro ,isso é pequeno então toda produção ,não esta competindo uma com a outra está só acrescentando alguma coisa diferente no mercado e quanto mais coisa tem mais fácil é de chamar atenção para públicos diferentes ,porque a produção é diversa nada é igual, e esse aumento na produção independente ,traz públicos diferentes porque as pessoas veem por causa de um autor aqui e por enquanto isso é bom,eu acho que a quantidade de gente querendo fazer quadrinhos cresceu mais do que a abertura que as editoras deram,tem muito mais editora ,publicando coisas diferentes ,tem muito mais gente querendo fazer quadrinhos , e fazer quadrinho independente esta cada vez,mais fácil,já era fácil quando a gente fazia quadrinho independente,o contato com a gráfica,hoje em dia tem mais festivais que e o que facilita você vender o seu gibi,antes você fazia gibi independente e ficava com aquelas caixas na sua casa,hoje você vai em 2 ,3 festivais você vende tudo ,e isso ai anima,nos últimos anos teve um aumento de eventos,não é só o FIQ porque o FIQ e ótimo,mas acontece de 2 em 2 anos ,desde 2010 que começou a ter a Rio Comic Con e o FIQ,ai teve a GIBIcon ,e ai teve outros eventos espalhados pelo Brasil,e agora o ano passado e esse com a Comic Con Experience e muito mais possível,você pode fazer quadrinho e vender quadrinho e tem o encontro do publico com o quadrinista e isso ai animou muito as pessoas ,então eu acho que é um bom momento.
T:Legal,entao eu estava mais cedo conversando com o Marcatti,que ele esta a mais tempo no mercado e ele fala que assim o quadrinho brasileiro em geral ele sobrevive de BOOMS , a gente teve o BOOM, de quadrinho de humor nos anos 80 depois tivemos o BOOM de quadrinhos de terror,e agora temos o "BOOM" de quadrinhos independentes ,vocês acham que isso vai continuar no mesmo pe ,isso vai parar daqui um tempo ou isso vai se transformar numa coisa nova?
GB/FM:Não da ,muito pra saber , eu acho que a gente esta num BOOM, quadrinho é um negócio que da muito trabalho,então tem gente que aparece e some ,se você não aguentar porque o reconhecimento demora,o trabalho demora,porque você faz o primeiro gibi depois tem que fazer o segundo,terceiro ,quarto,quinto gibi,porque você não vai fazer ,só um gibi na vida ,isso vai depender das pessoas que estão fazendo gibi ,em fazerem outro gibi e mais outro e continuarem fazendo.
T:Legal,e assim de 2013 tem tido uma crescente de mulheres quadrinistas qual que é a opinião de vocês em relação a isso?
GB/FM:Eu acho que não e só de quadrinistas ,mas é do publico em geral,acho que na verdade,não importa,o que importa e que seja bom,o que eu acho mesmo e que as mulheres estão mais a vontade fazendo quadrinhos,o que antes era um universo muito masculino e elas sentiam vergonha de estar no meio de um clube de meninos e hoje em dia está perdendo isso,porque com os eventos e esse negócio de fazer quadrinhos antes era muito solitário,e antes era um mistério, quando a gente começou a fazer quadrinhos que quem fazia quadrinhos , era quem lia quadrinhos,com os festivais começou a mostrar pra muito mais gente como fazer quadrinhos ,e isso mostrou como contar suas historias desenhando e eu acho que isso ajudou a criar novas gerações, já junta a geração do Manga,que já tem muito mais mulher que le Manga,do que quadrinho, e tem essa Nova Geração que cresceu com desenho animado tem muito mais Mulher , e essa geração ela encontra esses festivais ,na verdade a produção esta mais equilibrada,porque a gente acha que cresceu o numero de mulheres ,mas na verdade a produção está mais equilibrada.
T:Legal,e também vocês tem,tiveram alguma proposta de transformar algum dos seus álbuns em Animação?
GB/FM:A gente teve algumas propostas ,mas nada ando pra frente,e ai a gente se concentra em fazer os gibis que e o que a gente gosta,e e o que a gente mostrar pras pessoas que da certo.
T:Legal,e também,este ultimo quadrinho de vocês o Dois Irmãos e baseado num livro,e dai vocês tem intenção em continuar fazendo adaptação de literatura ou porque vocês passeiam por vários gêneros,vocês não fazem por exemplo só quadrinho de faroeste ou só quadrinho policial,no Pixu vocês fizeram quadrinho de terror,no Daytripper já é uma coisa mais cotidiana,no Dois Irmãos , eu não cheguei a ler ainda,mas imagino que seja algo mais cotidiano também ...
GB/FM:A gente não tem uma formula,eu acho que o importante é contar boas historías ,boas historías que possam explorar bem ,um gênero , não e questão de gostar de uma coisa e seguir ela ,a gente não gosta de fazer sempre, a mesma coisa,a gente gosta sempre de fazer algo diferente , mas tudo depende de uma boa historía.
T:Legal,e vocês tem intenção de fazer ,vocês já estão consolidados diferente da maior parte do pessoal aqui,já estão consolidados no mercado Americano , já ganharam premio, vocês já tiveram intenção de lançar um álbum na Europa,fazer um quadrinho pra concorrer em Angouleme , alguma coisa do tipo?
GB/FM: Olha o Daytripper , já concorreu em Angouleme,e o Dois Irmãos saiu na Europa,na França ,ao mesmo tempo que aqui no Brasil,então já vem acontecendo ,a abertura que o Daytripper deu na nossa carreira , possibilitou que a gente negocie direto com a editora na França,pra poder publicar ao mesmo tempo nos Estados Unidos e na França,ou aqui e na França,a gente criou um mercado aqui,nos Estados Unidos e na França.
T:Legal,Obrigado.
GB/FM: Tá certo.